quinta-feira, 30 de junho de 2011

Como os gatos se comunicam com os donos (ou como os gatos manipulam seus donos)

Muitas pessoas que não tem nem nunca tiveram contato com gatos talvez não acreditem, mas eles realmente aprenderam a se comunicar conosco. A Marie, por exemplo, tem um miado diferente para cada coisa que ela quer. Quando quer comida o miado é de um jeito, quando quer atenção o miado é outro, quando quer ajuda para caçar um bicho o miado já é completamente diferente. E por assim vai. Ainda não gravei para provar, mas encontrei um artigo que trata justamente desse assunto.
Karen McComb e colaboradores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, gravaram o ronronar de 10 diferentes gatos em duas situações diferentes: numa situação em que o gato estava pedindo comida e numa situação em que o gato não estava pedindo nada. Ao contrário do que se pensa, os gatos não ronronam apenas quando estão felizes, mas também quando pedem comida e até mesmo quando estão sentindo dor. Os diferentes sons foram então exibidos para 50 voluntários donos ou não de gatos e em todos os casos os voluntários sabiam perfeitamente qual era o som de pedido, ou seja, em qual dos casos o gato estava pedindo comida. Incrível, né? Isso sem conhecimento prévio! É claro que os donos de gatos se saíram melhor nos testes do que os voluntários que não tinham contato nenhum com gato, provando que os gatos ensinam seus donos a reconhecer os seus miados!
Analisando a composição do som do ronronar dos gatos, os pesquisadores observaram que além do som em baixa freqüência – característico do ronronar – havia um componente de freqüência mais alta quando os gatos estavam pedindo comida. A inclusão de um componente de alta freqüência no ronronar faz com que ele fique menos harmônico e, por isso, mais incômodo. Ou seja, faz com que o dono tome alguma atitude! Além disso, o pico de freqüência está bem próximo à freqüência do choro de bebês humanos, fazendo com que os humanos fiquem mais suscetíveis a eles! Espertos esses gatos, né?
Quando a Marie mia no meio da noite eu juro que tento ignorar, mas não tem como. A gatinha sabe mesmo miar na freqüência certa!! Acho que os gatos já aprenderam mesmo a nos manipular. Quer saber mais? Confira o artigo completo: “The cry embedded within the purr”, de McComb e colaboradores (2009).

terça-feira, 7 de junho de 2011

No inverno, nada melhor do que cobertor de gato!

Bom, depois dos últimos posts, achei melhor escolher um assunto leve pra variar. O meu dia-a-dia com a Marie tem alguns momentos tensos, mas os momentos bons sempre superam os ruins!
Enfim, de uns tempos para cá, a Maroca tem estado ultra carinhosa conosco. A qualquer oportunidade ela sobe no nosso colo e pode ficar lá por horas, até as nossas pernas começarem a ficar dormentes. Comecei a relacionar, então, a carência da Marie com o frio e os dois são diretamente proporcionais! Ou seja, quanto mais frio, mais a gatinha procura o nosso colo. Durante a noite eu às vezes estou morrendo de frio, toda encolhida e é só a Marie chegar que eu vou esquentando, esquentando, até ficar realmente com calor. É por isso que eu digo: no inverno, nada melhor do que cobertor de gato!
A Marie é muito quentinha, tão quentinha que me fez pesquisar a temperatura corporal dos gatos. Pois é, os gatos são realmente mais quentes do que nós e a temperatura deles varia de 38 a 39 graus. É por isso que em geral eles agüentam temperaturas externas mais altas do que nós. Segundo a Wikipédia (pois é, não consegui nenhum artigo científico dessa vez), enquanto nós começamos a sentir desconforto a temperaturas de 44,5ºC, os gatos só sentem desconforto quanto a temperatura ultrapassa 52ºC! E eles podem tolerar temperaturas de até 56ºC!!! Em compensação, eles sentem frio no inverno. É por isso que dona Maroca está sempre procurando calor humano ou um edredom bem quentinho!