Como todos que
acompanham esse blog sabem, a Marie é FeLV+ e, por isso, precisa
tomar um anti-retroviral duas vezes por dia. Eu dou o comprimido para ela sem
problemas. Quando meu despertador toca e eu pego o pote de remédio, ela já sabe
que está na hora e sai correndo. Virou uma espécie de brincadeira nossa de
pique-pega e ela sempre se esconde embaixo da mesa e das cadeiras para fugir de
mim. Quando eu canso, ela vem atrás de mim me provocando e pedindo para eu
correr atrás dela. É assim todos os dias, mas quando eu finalmente pego a
gatinha, seguro ela como um bebê e deixo ela levemente de cabeça para baixo.
Com uma das mãos eu abro a boca dela e com a outra lanço o remédio. Ela engole
fácil fácil e quase não reclama mais. Moleza. O problema é que quando eu viajo
ninguém consegue fazer isso.
Pois é, até
recentemente o remédio da Marie era um problemão quando eu precisava viajar.
Tentamos esconder o remédio dentro de um pedaço de frango ou de um pedaço de
atum, mas volta e meia o comprimido ficava aparecendo e Maroca deixava de
comer. Complicado. A solução foi sugerida por uma amiga veterinária e agora que
eu testei posso dizer que funciona! Em geral não gosto de fazer propaganda de
nada (principalmente de graça), mas peço licença para fazer dessa vez porque o produto realmente funciona
e me salvou nas quase 3 semanas em que passei fora. O nome é “Pill Pocket” (ou “bolso para pílula”) e
é produzido pela Greenies. Ainda não encontrei nenhum revendedor aqui no Brasil
e comprei o pacote para teste nos Estados Unidos. Ele é vendido nos sabores
frango e salmão e existe ainda uma opção hipoalergênica de pato com ervilha.
Quando comprei não conhecia a versão hipoalergênica e escolhi o sabor frango
porque a Marie adora. O produto é uma espécie de ração com um cheiro bem forte
(e atrativo para gatos) e com consistência de massinha. Ele tem o formato de um
cilindro com uma abertura no centro para o remédio. É só colocar o comprimido
na abertura e depois modelar o pill
pocket para fechar o buraco. E pronto. Logo na primeira vez a Marie comeu
aquilo tudo sem reclamar. Não separou o remédio e ficou até pedindo mais.
Funciona mesmo!
O único problema é
comprar os tais pill pockets. Como
disse anteriormente, ainda não encontrei nenhum revendedor no Brasil. Mas
pesquisando rapidamente na internet, encontrei algumas receitas de pill pockets caseiros. Ainda não testei,
até porque ainda não falei com a veterinária para ver que ingredientes posso
usar para a Marie, mas segue uma das receitas que encontrei:
Ingredientes:
6 colheres de chá de farinha
1 colher de chá de caldo de carne granulado
2 colheres de chá de leite
Modo de preparo:
Em
um copo, misture o leite e o caldo de carne. Adicione metade da farinha e mexa.
Em seguida, adicione a farinha restante e mexa até formar uma bola. Coloque
farinha nas mãos e faça bolinhas com a massa na palma das mãos. Se a massa
estiver pegajosa, adicione mais farinha. Se a massa estiver dura demais,
adicione um pouco de água. Guarde a massa coberta na geladeira por até 7 dias.
Quando for utilizar, faça um buraco na bolinha e coloque a pílula dentro.
Se quiser, leia mais em http://www.food.com/recipe/pill-pockets-for-your-pets-470635.
Fica então a dica: se precisar dar remédio para o seu
gato e ele for daqueles que cospe o comprimido, experimente o pill pocket.