sábado, 24 de novembro de 2012

Unhas que não descamam


O post de hoje é um pouco diferentes dos anteriores, porque ao invés de trazer uma explicação, eu trago um problema que a Marie vem enfrentando. Como todas as pessoas que convivem com gatos sabem, as unhas deles descamam com o tempo. É comum encontrar pelo chão o que parece ser uma unha inteira mas que na verdade é a “carapaça” da unha, a parte externa que cai, deixando no lugar uma unha fininha e super afiada. Isso é normal e deve acontecer. O problema é que as unhas da Marie não têm descamado e por isso ficam grossas demais. Ela não consegue retrair direito as unhas, faz barulho quando anda e fica sacudindo as patinhas incomodada. E para piorar ela fica mordendo as patas o tempo todo. Para cortar é um suplício. Ela grita, esperneia, chora e como a unha é grossa é realmente difícil de cortar. Acabo tentando quebrar as laterais e descascar com as minhas próprias unhas, mas nem sempre consigo. Já levei na veterinária, mas ela teve ainda mais dificuldade do que eu.
Pesquisando sobre o assunto, descobri que o fenômeno é comum em gatos velhos, que são pouco ativos e não usam o arranhador. Mas a Marie tem só 3 aninhos e usa bastante os arranhadores. Acho então que talvez eu não tenha escolhido o melhor material para ela arranhar. Os arranhadores aqui de casa são compostos por um poste de sisal e um pé recoberto de feltro. Ela detesta o sisal, mas adora o feltro. Mas como o feltro é fino, acho que não funciona muito bem. Tentamos até colocar catnip na parte de sisal para estimular, mas não funcionou. A nova tentativa é uma caixa de papelão, mas por enquanto isso também não surtiu grandes efeitos. E por isso eu pergunto: alguém enfrenta o mesmo problema?  Alguém sugere uma solução? Aguardo sugestões.
Na foto, Marie pegando sol no arranhador.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Venus, a gata celebridade


Eu sou meio desligada em relação a fenômenos da internet. Por isso, só hoje descobri que uma gatinha de três anos chamada Venus vinha atraindo a atenção do mundo todo nos últimos meses e tinha sido até matéria do Fantástico recentemente. Para quem ainda não conhece a Venus, ela é uma gatinha no mínimo curiosa. Ela possui metade do rosto com pelagem preta e olho verde enquanto a outra metade tem pelagem laranja e olho azul. O mais curioso é que a divisão é perfeita, como se a gatinha tivesse sido pintada daquela forma. É realmente impressionante. Venus ficou tão famosa que já tem página no Facebook (https://www.facebook.com/VenusTheAmazingChimeraCat)   e fez até uma participação no Today Show (http://video.today.msnbc.msn.com/today/48824731#48824731).
Em entrevista à National Geographic, a pesquisadora Leslie Lyons disse que a gatinha pode ser resultado de mosaicismo ou quimerismo. O mosaicismo foi o fenômeno que eu expliquei no meu post anterior. Como o gene para cor laranja ou preta está no cromossomo X, em gatas fêmeas uma célula pode ter o gene de cor preta “ligado” e a célula vizinha pode ter o gene de cor laranja “ligado”. No caso da Venus, essa exótica combinação teria sido então fruto do acaso. Em metade do rosto da gatinha o gene de pelagem de cor laranja foi “ligado” e na outra metade o gene da cor preta foi “ligado”. Mas tenho que admitir que a distribuição parece perfeita demais para ser fruto do acaso.
A segunda opção é a do quimerismo. Na mitologia grega, quimera era um monstro formado por partes de leão, cabra e cobra. Em ciência, o termo é utilizado para se referir a um organismo formado por células com material genético diferente. Além das quimeras feitas em laboratório, algumas ocorrem naturalmente. Em vacas que têm gêmeos, por exemplo, parece que é comum que os fetos compartilhem algumas células e, desta forma, os dois  tornam-se  quimeras. Da mesma forma, durante a gestação, dois zigotos (cada um fruto da união de um óvulo com um espermatozoide) podem se fundir formando um indivíduo único, a quimera. Seria como se dois gêmeos se fundissem em um único indivíduo. Esse evento é raro, mas poderia explicar a aparência da gatinha Venus. O mistério, entretanto, só será solucionado após a análise do DNA da gata. O mais curioso segundo Leslie, entretanto, não é a pelagem da Venus, mas o fato da gatinha possuir um olho azul, característica de gatos albinos. Como ela mesma coloca: "She is a bit of a mystery". Quer saber mais? Confira a reportagem da National Geographic em: