Eu gosto de gatos desde que me entendo por gente. Pensando bem, não consigo me lembrar de nenhum aniversário em que eu não tenha pedido um gato de presente. Meu primeiro contato mais próximo foi com a Nina, uma gatinha vira-lata de Búzios que morava ao lado da casa de praia dos meus pais. Acho que a Nina gostava mais da gente do que dos donos dela e sempre que estávamos lá ela nos fazia uma visita. Um belo dia, ela apareceu grávida e minha mãe prometeu que eu poderia ficar com um dos filhotes. Escolhi o Pingo, o último que nasceu, muito menor que os outros e sempre prejudicado nas mamadas. Ela achou que ele não ia sobreviver e me fez escolher mais um, o Rubi. Os dois eram a paixão da minha vida, mas sempre uma paixão distante, que eu só via no final de semana, quando muito uma vez por mês. Depois deles vieram outros: O Neco, a Lua, a Pipoca, o Faísca; todos em Búzios, todos distantes de mim. Meu pai sempre gostou de gatos, mas sempre longe dos sofás e dos tapetes dele. E por mais que eu pedisse em todos os meus aniversários um gatinho para morar aqui no Rio comigo, ele nunca deixou. Acho que essa sempre foi a maior frustação da minha vida. Parece bobo, mas durante todo o tempo, aquilo era o que eu mais queria. E como não tinha, comecei a colecionar todo tipo de parafernálias de gatos. Tenho gato para segurar porta, gato para apoiar livro, gato para segurar bolsa, porta-copo de gato, pantufa de gato, fora milhares de gatos de enfeite das mais diversas nacionalidades: francês, italiano, argentino, turco, tunisiano; esses só pensando rapidamente. E foi por isso que assim que eu saí de casa para morar com o meu namorado informei a ele que teríamos um gato. Acho que ele não gostou muito da idéia; nunca tinha tido nenhum animal de estimação e nunca tinha tido vontade de ter um. Mas no fundo ele sabia que para me deixar feliz, teria que concordar. A princípio eu disse que poderíamos esperar um pouco, acostumar primeiro com o apartamento e depois pensar no assunto. Mas passados dois meses da mudança, eu já estava em cólicas. Comecei a olhar todos os sites de adoção de gatos na internet e a falar com todos os meus conhecidos. Eu sabia o que queria: uma gatinha fêmea, mestiça de siamês com vira-lata, de olhos azuis e pêlo claro. Algumas pessoas tentaram me dissuadir da idéia, dizendo que siameses eram muito agitados, mas não tinha jeito. Era isso que eu queria. E quando eu encontrei uma clínica veterinária que tinha dois filhotes de mestiços de siamês para adoção, entrei em desespero. Mandei a minha mãe e o meu namorado para a clínica segurar a gata pra mim antes que eles doassem para outra pessoa. Acabei passando lá no dia seguinte e quando vi não tive dúvidas: aquela seria a minha gatinha. Saindo de lá eu tinha a certeza de que era a pessoa mais feliz do mundo. O próximo passo foi o nome. Na dúvida entre Nala, Phoebe, Sookie e Marie escolhemos Marie, a gatinha de "Os Aristogatos", um dos meus filmes preferidos da Disney. E agora, um ano depois, resolvi escrever esse blog para contar um pouco da minha história com ela. Espero que ele agrade admiradores e amantes de gato como eu.
oh lindinha não sabia que a paixão era tão grande!
ResponderExcluirÉ enorme!!!
ResponderExcluir